<untitled>

Palmas para uma existência exposta
piscando na mão de uma criança pequena,

lançando sombras de dentes finos e irregulares
na margem de um rio congelado.

Quero encher minha boca de pureza
vomitar um coração fendido nas asas de uma pomba,
pois somente os quebrados podem sentir o infinito
enquanto faíscas saem da fogueira.

Mas aqui estão elas, se você pudesse ouvi-las
batendo, minha caixa de costelas vazia

quebradas e dobradas, murchas e feridas
punhos cerrados - mas mapas abertos e carnudos

para alguém que vagueia sem direção
e come as penas claras encontradas ao longo de uma costa esculpida.

Anterior
Anterior

Roba'i

Próximo
Próximo

CoeuRage